Entender se a idéia de boas práticas de trabalho podem se adequar às realidades diversas atuais
Quem trabalha na área de informática sabe muito bem que de tempos a tempos, alguém sempre vem com essa questão: Estão sendo utilizadas boas práticas nas áreas em que estão atuando?
Pois é, afinal, o que são boas práticas? São aqueles conceitos que permeiam todo o tipo de trabalho, e que representam ações que tem como objetivo criar meios seguros e sabidos de como certas ações devem ser tomadas.
É o resultado de uma soma de experiências e vivências que indicam um caminho mais seguro para a efetiva conclusão de um trabalho, seja geral ou específico. É o Knowledge Base que precisamos para nos embasar e de uma certa forma,perpetuar um bom fluxo de trabalho, processou ou mesmo de algo que ainda não foi implementado.
Mas os tempos mudam, queiramos ou não. E os tempos de resposta também mudam. É nesse ponto que começamos a ter algum conflito quando falamos em boas práticas em qualquer atividade e que esteja diretamente relacionada ao tempo de entrega ou resposta.
Boas práticas sugerem um entendimento comum, um protocolo por assim dizer, que nos permite ter uma certa padronização na criação e manutenção de certos processos.
E em que ganhamos com isso. Muita coisa. Em uma frase simples, “não é preciso reinventar a roda, é preciso aperfeiçoá-la ou adaptá-la às realidades atuais”. E criar a roda por assim dizer, tem um protocolo, em uma maneira, e que foi mudando ao longo do tempo e adaptando-se a ele.
Boas práticas significam formas de se fazer algo que tenha longevidade, que passe pelo teste do tempo, mesmo curto, mas que dê alguma sustentação à proposta inicial.
Sabemos que nos dias de hoje a entrega de resultados é muito valorizada,mas a que custo? Quantas entregas rápidas são feitas de determinados artefatos,mas a um custo enorme de manutenção posterior? Falta planejamento? Pode ser. Mas acredito que falta mais o uso de padronizações e de ... Boas práticas.
Imagine um aprendiz de pedreiro onde ele recebe a incumbência de fazer o cimento, coisa que ele nunca fez na vida. Provavelmente, ele tentará fazer a mistura do cimento da maneira que ele acredita, ou seja, irá reinventar a roda.E aí descobre que o resultado obtido não resolve o problema e que os mais veteranos o tratam como ingênuo apesar da determinação.
Mas, em um segundo momento, ele começa a observar como os outros trabalham, pega informações aqui e ali, medidas que são necessárias prase fazer uma boa massa, onde ela será aplicada, se terá de ser mais resistente ou não. Ele absorve todos esses conhecimentos, os aplica e consegue enfim, entregar algo de valor, duradouro e de fácil manutenção.
Essa metáfora nos remete à simples ideia de que , entregar rapidamente uma solução, não necessariamente significa que ela tenha consistência, uma certa perenidade, segurança e fácil manutenção.
Pense nisso, quando for iniciar o desenvolvimento de algo. Se perguntem: alguém já fez algo parecido? Há uma padronização envolvida? Há uma consistência na sua abordagem? E mais ainda, posso melhorar esse processo para que outros profissionais usufruam deste benefício.
Portanto, mais do que entregar algo porque alguém gritou “bamo, bamo”, é preciso pensar se o que está sendo entregue tem valor, tem consistência, segue padrões e ajuda em futuras manutenções. Porque afinal, não queremos criar coisas que durem para sempre,mas que seja duradoura pelo menos por um bom tempo.