Em mais um artigo da Semantix Lab, você verá como nossos devs dão dicas sobre como criar um dashboard básico. Confira!
1. Introdução
Com o passar dos dias, é inegável que temos uma alta demanda exponencial de geração de dados e dificuldade de centralizar essas informações. Porém, você pode ter todas as informações do mundo, se não souber lê-la sou interpretá-las, não te servirá muito. Dessa forma, o nosso esforço e trabalho contribui de forma substancial para o resultado das entregas.
E criar um dashboard que gera o efeito “uau”não é tão difícil quanto parece. Esse artigo não é e nem deve ser seu material final de construção; cada demanda, cada cliente, cada desafio tem suas particularidades. Mas seguindo alguns passos abaixo, aumentaremos nossas chances em gerar um dashboard que brilhe os olhos.
Os passos abaixo servirão de guia para desenvolver sua solução:
•Conheça o seu público-alvo;
•Faça um croqui (esboço);
•Selecione os gráficos certos;
•Selecione um tema;
•Imagens falam mais que palavras;
•Seja detalhista;
•Tenha referências;
Abaixo, irei descrever um pouco mais sobre esse ponto.
2. Metodologia
2.1.Conheça o seu público-alvo
Já ouviu falar de artes rupestres, hieróglifos,escrita pictográfica ou logo gráficas;as mais recentes formas de se escrever por emoticons? São formas de se escrever através de imagens que tentam descrever algo ou uma história.
Hoje, temos um termo que foi popularizado que é o Storytelling, que é a artificio de desenvolver uma narrativa em torno de um conjunto de dados para ajudar a traduzir e transmitir o significado deles deforma objetiva e intencional.
Precisamos resumir nossa história em três pontos principais:
•Ter a atenção
•Ajudar no entendimento
•Fazer com que seja marcante
Vamos imaginar que alguém peça a você uma pessoa para dizer palavras num evento que ocorrerá amanhã. Prontamente você lembra do seu amigo que faz Stand up Comedy. Porém, ao chegar no evento, você percebe que é um funeral. Ou se não, já pensou como é difícil contar uma história para uma pessoa que você nunca viu na vida?
Pois bem, para atingir os três pontos acima,você precisa conhecer para quem é e qual o objetivo principal da narrativa.
2.2.Faça um croqui (esboço)
Agora com o conhecimento de quem é nosso público e para quem será contada nossa história, o seu próximo passo é criar um esboço, rabiscos do que se espera, juntamente com o cliente.Neste momento não há preocupação com cores, desenhos, funcionalidades etc., e sim a disposição e quais (possíveis) gráficos serão utilizados.
Esses desenhos podem ser feitos a mão, com papel e caneta/lápis, mas tem várias possibilidades de “rabiscos”digitais,dentre listo alguns softwares: mock flow, dia, frame box, wireframe, entre outros.
Algumas perguntas podem ser feitas na construção desse desenho:
•Qual indicador ou visual não pode faltar? E porquê?
•Qual tamanho do monitor (ou tela) será feita a leitura?
•Em quais dimensões as análises serão baseadas? (Exemplo: em dias, por cluster, etc)
•Quais cores devem ser predominantes? Existe alguma cor que não pode ser utilizada?
•As informações devem ser segregadas por nível de usuário(permissões)?
•As análises devem ser analisadas em quais níveis de detalhamento? É necessário fazer drill downou drill up?
Por fim, distribua seus visuais como se fosse uma leitura de um livro. Onde os indicadores mais importantes fiquem em cima do lado esquerdo, seguindo para a direita. E assim o leitor segue a leitura dos indicadores como sede senhas se com os olhos uma letra ‘Z’na tela.
2.3.Selecione os gráficos certos;
Para mim, um dashboard é igual contar uma piada… se você precisa explicar é porque não é boa.
Todo ser humano tem uma tendencia a processar informações mais rápido quando são usados recursos visuais.Por isso, ao escolher um determinado gráfico,nosso objetivo é facilitar a interpretação daquela informação e contribuir para uma rápida e segura tomada de decisão.
Escolher os gráficos e colocar os dados não resolve nosso problema por si só, é necessário escolher o gráfico certo para cada tipo de informação, da forma mais correta de representar e que faça sentido.
Há algumas funções básicas para os gráficos, dentre elas destaco: Distribuição, Relação, Comparação e Composição.
Gostaria de deixar dois guias bem completos que podem auxiliar na escolha de qual gráfico a ser escolhido:
2.4.Selecione um tema
Quando falamos de tema, devemos ter em mente os seguintes pontos: cores, tipografia e background.
Uma boa definição de cores, ajudará o cliente a perder menos tempo processando as informações das cores ao invés de usar esse tempo para analisar o que realmente importa. Uma boa saída pode ser usar as cores bases do logo da empresa ou site dele, mas caso o cliente/empresa não tenha isso definido,existem ferramentas que podem te ajudar a construir paletas de cores com base em uma cor: Adobe Color (color.adobe.com), My Color Space(mycolor.space), entre outros.
A escolha da tipografia(a fonte), parece ser supérfluo, mas pode causar um certo incomodo na hora da leitura. Alguns detalhes dão diferença na apresentação dos dados, tais como:Negrito,caixa alta, tamanho da fonte, etc. Uma certa demonstração de hierarquia das informações ajuda na leitura, por exemplo:
Defina a fonte, tamanhos (nos rótulos,títulos, botões, etc.),ou seja, tenha um padrão em todo o seu dashboard.
Com o seu esboço e cores definidas, você já saberá como ficará distribuídos seus visuais dentro do dashboard, assim você pode trabalhar seu background para ter alguns elementos básicos de visualização(menu, barra de filtros, logos, etc). Isso te economizará tempo e facilitará no processo de construção dessa e outras páginas, onde poderá economizar recurso da sua ferramenta de dashboard(power bi, tableau, qlik, etc).Algumas ferramentas podem ser utilizadas nessa construção do background, desde as mais complexas às mais simples: Adobe Photoshop, Adobe Illustrator, Web Gradient, Google Slides, Power point, etc.
2.5. Imagens falam mais que palavras
Antes de começar esse ponto, gostaria de lembrar de um ponto bem importante: Menos é mais!Tenha noção e não exagere nas cores, imagens, detalhes, movimentos, etc. Lembre-se de que a obra prima são os dados e os gráficos, as imagens são só a moldura desse quadro.
O uso de imagens vai apoiar a leitura das informações,onde muitas vezes nem precisem de palavras escritas para que as pessoas entendam. Não é apenas uma frescura, elas têm a função de gerar uma empatia do painel com o leitor.Alguns sites disponibilizam imagens e ícones gratuitos:
•flaticon.com
•logomakr.com
•remixicon.com
2.6.Seja detalhista
Como diria Sherlock Holmes: “Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes.”. Mas o que quero dizer com isso? A organização das informações, como o alinhamento dos visuais e seus respectivos espaçamentos, quando bem definidos e padronizados geram uma certa satisfação visual nos olhos de quem está a horas analisando os dados. Você não precisa ter TOC (transtorno obsessivo compulsivo) para se incomodar com um gráfico ligeiramente desalinhado(quem nunca?).
Então, siga à risca as dicas dos outros tópico se seja minucioso na construção do seu relatório. As ferramentas de construção de background (listadas) ou de construção de dashboard, em sua maioria, disponibilização uma função de mostrar as linhas do GRID para auxiliar nesse alinhamento e distribuição por igual dos visuais.
Não existe um limite de revisões necessária sem sua entrega. Sempre revise se em seus títulos, descrições e frases não possuem erros ortográficos. Muitas vezes ficamos “viciados”visualmente naquilo que construímos e deixamos passar muitas coisas, por isso, peça para que alguém leia as informações do que você construiu.
Outra coisa que não devemos deixar passaré de não esquecer de definir o número de casas decimais, separadores de milhares e formatar os valores monetários.
2.7.Tenha referências
Certa vez num curso de Criatividade, aprendi com o palestrante –Murilo Gun –um termo muito legal:COMBINATIVIDADE, que demonstra que as soluções novas vêm da combinação de elementos já existentes. Nem sempre é só criatividade, pura e simples.
Por isso, tenham referências em sua área de atuação(no nosso caso, dashboards). Visite páginas,portifólios, cursos de outras pessoas, sendo elas boas ou não–esse segundo, use a lição do “o que não fazer”.
A melhor forma de se tornar o profissional eter entregas do nível que você almeja é se inspirarem referências. Como diz o princípio de Lavoisier: “Na vida nada se cria, tudo se transforma”.
3.Conclusões
Sim, construir um dashboard é uma arte. Como disse acima é como pintar um quadro.Mas como disse Thomas Edison: “O sucesso é constituído por 10% de inspiração e 90% de transpiração.”. Esses passos foram formulados com base em conceitos de storytellinge na experiência de anos desse que escreve a vocês.
Não irei te iludir dizendo que 1 + 1 é igual a 2 quando falamos na construção de dashboards. Às vezes, os clientes pedem algo que fere(que sangra) alguns desses pontos. Como consultores orientamos e instruímos,mas nem sempre é efetivo; por isso,é sempre bom ter alternativas–planos A, B, C para solução dos desafios encontrados.
Minha motivação não é ensinar você a construir seus dashboards, mas sim te oferecer um caminho que gere valor nas suas entregas.
Lembre-se de verificar os pontos abordados nesse artigo:
•Cor
•Espaço e Alinhamento
•Ícones
•Gráficos
•Ortografia
•Usabilidade(Simplifique)
•Acessibilidade(tamanhos dos elementos de texto, cores, etc.)
•Consistência, definindo um padrão e seguindo ele até o fim.