A inflação médica, ou Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH), refere-se à variação de despesas médico-hospitalares que os hospitais e as empresas prestadoras de planos de saúde assumem por cada beneficiário.
Com isso, todo ano se faz um cálculo específico dividindo o total de custos pelo número de clientes ativos, resultando assim no que se define como inflação médica.
Se deseja saber mais sobre o tema, entender a importância dele para o setor médico e, principalmente, como calcular e reduzir, na prática, esse índice, não deixe de conferir o post até o final. Boa leitura!
Afinal, o que define a inflação médica?
Como resumimos acima, a inflação médica ou Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH) é a taxa de variação dos custos dos serviços médicos e hospitalares de um determinado período.
Em outras palavras, é uma medida utilizada para acompanhar o aumento ou a diminuição dos custos de saúde ao longo do tempo, calculada a partir de dados coletados em instituições de saúde ou seguradoras de planos.
Além disso, utiliza-se a VCMH para avaliar o impacto dos custos da saúde sobre a economia e identificar as tendências de gastos com saúde.
Que fatores são levados em consideração no cálculo do VCMH?
O cálculo da Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH) pode incluir, por exemplo:
- preços de medicamentos e outros insumos médicos;
- salários de profissionais de saúde;
- custos de equipamentos médicos e tecnologia;
- despesas gerais, como aluguel e manutenção;
- taxas regulatórias e administrativas;
- trend de doenças prevalentes na população;
- adoção de novas tecnologias e tratamentos médicos;
- mudanças na demanda por serviços de saúde;
- mudanças nas políticas de saúde e no sistema de financiamento.
Além disso, o cálculo da VCMH analisa o histórico dos gastos com saúde, levando em conta esses e outros fatores relevantes. O resultado final é uma taxa que reflete a variação dos custos de saúde ao longo do tempo, ou seja, a inflação médica.
Como se calcula a inflação médica na prática?
Geralmente, calcula-se a inflação médica por meio do índice de preços específicos de medicamentos e serviços médicos. Esse cálculo pode ser feito de várias maneiras, mas uma das formas mais comuns é a seguinte:
- selecione um período de tempo do qual você deseja calcular a inflação médica, como, por exemplo, determinado ano ou vários anos consecutivos;
- colete dados de preços de serviços médicos e medicamentos do período de tempo escolhido. Esses dados podem ser obtidos por meio de pesquisas de preços, dados governamentais ou fontes privadas;
- calcule a média dos preços dos serviços médicos e medicamentos para cada ano desse período de tempo;
- calcule a variação de preços dos serviços médicos e medicamentos comparando a média de preços de um ano com a do ano anterior;
- por fim, calcule a taxa de inflação médica dividindo a variação de gastos pela média de preços do ano anterior multiplicada por 100.
Com esses passos básicos devidamente definidos e os dados em mãos, é possível calcular o VCMH. Para que você entenda ainda melhor, também separamos, a seguir, um exemplo prático. Confira!
Se alguém deseja calcular a VCMH dos últimos cinco anos, deve separar os dados de gastos totais com serviços médicos e hospitalares para cada ano desse período, conforme os dados ilustrativos abaixo:
- Ano 1: $100 milhões
- Ano 2: $110 milhões
- Ano 3: $120 milhões
- Ano 4: $130 milhões
- Ano 5: $140 milhões
Depois disso, deve-se calcular a variação de custos comparando o gasto total de um ano com o gasto total do ano anterior. Logo, teremos:
- Ano 2: $10 milhões ($110 milhões − $100 milhões)
- Ano 3: $10 milhões ($120 milhões − $110 milhões)
- Ano 4: $10 milhões ($130 milhões − $120 milhões)
- Ano 5: $10 milhões ($140 milhões − $130 milhões)
O próximo passo é calcular a média de variação de custos para os últimos quatro anos. Com uma média de variação de custos de $10 milhões, chegaremos à seguinte Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH):
- VCMH Ano 2: 10% ($10 milhões ÷ $100 milhões x 100)
- VCMH Ano 3: 9,1% ($10 milhões ÷ $110 milhões x 100)
- VCMH Ano 4: 8,3% ($10 milhões ÷ $120 milhões x 100)
- VCMH Ano 5: 7,7% ($10 milhões ÷ $130 milhões x 100)
Vale destacar que esse é apenas um exemplo simplificado de como calcular a Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH). Em uma situação real, os dados de custos seriam mais detalhados e o cálculo poderia incluir outros fatores relevantes.
Como reduzir a inflação médica?
A seguir, separamos algumas estratégias que podem ser adotadas para reduzir a Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH). Confira!
- negociação de contratos com provedores de saúde, como fornecedores e prestadores de serviços, para garantir preços mais baixos;
- eficiência operacional — implementar práticas eficientes de gerenciamento de recursos, incluindo a automação de processos, a redução de desperdício e a melhoria da qualidade dos cuidados prestados;
- priorizar programas de prevenção de doenças e promoção da saúde para reduzir a necessidade de tratamento médico e hospitalar;
- uso de tecnologias inovadoras, como telemedicina, Business Intelligence (BI) e inteligência artificial, para melhorar a eficiência e a qualidade dos cuidados prestados;
- ajuste dos preços dos serviços — reavaliar periodicamente os preços dos serviços para garantir que eles sejam justos e razoáveis;
- colaboração intersetorial — trabalhar com outros setores, como empresas de seguro de saúde, laboratórios farmacêuticos e instituições de saúde pública, para identificar e resolver questões relacionadas aos custos da saúde;
- educação e conscientização dos profissionais da saúde sobre a importância de cuidados eficientes e eficazes para reduzir custos desnecessários;
- investimento em tecnologia e inteligência de dados como estratégia eficaz para reduzir a Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH) e melhorar o monitoramento das despesas e a análise dos resultados.
Em resumo, essas são algumas dicas e informações úteis sobre a inflação médica e a importância do cálculo da VCMH, que, embora pareça um tema pertinente apenas aos profissionais da área de saúde, operadoras de planos de saúde e clínicas, interfere também em outros diversos setores, impactando as empresas contratantes e seus respectivos beneficiários.
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