O que seria de diversos aplicativos sem a Web API? Com ela, o desenvolvimento de funcionalidades e integrações se torna mais fácil e rápido, proporcionando ganho de tempo para aspectos mais estratégicos de uma solução.
A Web API é uma solução peculiar e de grande relevância atualmente. Uma das principais razões disso é que a quantidade de aplicações web e mobile vem crescendo, algo também impulsionado pela computação em nuvem e Internet das Coisas.
Para entender como funcionam, para que servem e os principais exemplos de Web APIs, continue lendo até o final!
O que é Web API?
Uma API tradicional é uma interface que permite criar funcionalidades e integrar sistemas. Na prática, uma Web API auxilia desenvolvedores a criar aplicações com mais rapidez, visto que a parte mais complexa da codificação não precisa ser reescrita.
Como funciona?
A Web API usa o protocolo HTTP. Dito isso, uma evolução importante é que as páginas não mais precisam ser atualizadas por completo, o que melhora a experiência dos usuários.
Na prática, o processamento de grande parte das informações ocorre no próprio navegador, sendo usado soluções como o AJAX para recarregar apenas parte do código da aplicação. Mais do que promover o acesso a dados, uma Web API contribui na maior responsividade de uma aplicação web. Dessa forma, o lado servidor passa a ser menos requerido.
Uma Web API foi feita também para facilitar a troca de dados entre vários dispositivos. Dessa forma, os usuários conseguem acessar pelo celular ou tablet, por exemplo, sistemas e aplicações que antes eram acessíveis apenas em um computador.
Como a Web API atua?
Um dos principais ganhos de uma Web API é o desacoplamento entre o front-end e o back-end. Em outras palavras, como o fluxo de requisição e resposta pode ocorrer de modo assíncrono, muitos processamentos passam a ocorrer do lado do navegador.
Imagine que duas equipes estejam em um mesmo projeto, uma trabalhando no front-end e outra no back-end. À medida que esse acoplamento diminui, o nível de dependência entre essas equipes diminui, ajudando, por exemplo, a otimizar a questão dos testes.
Arquiteturas web mais modernas
Outra atuação importante de uma Web API é na arquitetura de microsserviços. Um sistema empresarial, por exemplo, antes conseguia dar conta do recado, por possuir uma arquitetura monolítica. No entanto, com o passar do tempo, aumentou a necessidade de soluções modularizadas e independentes, o que exigiu outra abordagem de desenvolvimento.
Quanto menos dependências uma aplicação Web possui, mais fácil é o trabalho das equipes ágeis e de DevOps. À medida que uma solução se torna mais complexa e precisa acessar muitos dados externos, a autonomia entre os times passa a ser algo não só importante, mas também fundamental.
Com a solução monolítica, a manutenção do código em um lugar pode influenciar em outra parte. Já na arquitetura moderna de microsserviços, o processo se torna bem mais fácil, ajudando também na implementação rápida de algumas funcionalidades.
- Veja também: O que são API Keys
Para que esses microsserviços possam conversar entre si, usa-se a Web API. Assim, é possível “quebrar” quase que infinitamente uma aplicação, com auxílio da arquitetura de contêineres.
Este é bastante conhecido pela leveza e segurança, sendo que uma tecnologia bastante empregada nesse sentido é o Kubernetes.
Terceirização no desenvolvimento de aplicações
Dificilmente, uma empresa faz os seus produtos sem terceirizar uma ou mais partes destes. A ideia é a companhia se concentrar nos aspectos mais importantes daquilo que comercializa, terceirizando o que é secundário a outras empresas.
No mercado de softwares e aplicações web, acontece a mesma coisa. Imagine um aplicativo que precisa acessar um banco de dados: provavelmente, esse banco foi desenvolvido por outra empresa, de modo que a contratante pudesse focar no core business da sua aplicação.
O mesmo vale para uma das aplicações web mais conhecidas: o e-commerce. Por ser algo que lida com pagamentos e outras operações, nem tudo é feito por uma única empresa. Uma vantagem importante disso é que essas empresas são bastante especializadas, criando produtos de alta qualidade, capazes de se integrar à aplicação principal de quem opta pela terceirização.
Em relação aos dados, eles ficam sob a tutela do responsável por cada aplicação. A Web API atua para que esses dados sejam compartilhados entre as partes envolvidas em uma operação.
Qual os tipos de Web API mais comuns?
As Web APIs possuem diferentes propósitos. A seguir, vamos apresentar os principais deles, que são a busca de dados no servidor, a manipulação de documentos e o armazenamento do lado do cliente.
Busca de dados no servidor
A ideia aqui é evitar a atualização integral de uma página web. Com essa busca otimizada de dados, os sites tornam-se mais responsivos e eficientes do ponto de vista do usuário. Uma das formas de fazer isso é por meio de um objeto chamado XMLHttpRequest, que possibilita a troca de dados entre navegador e servidor.
Manipulação de documentos
A API DOM (Document Object Model) lida com a manipulação de HTML e CSS, dando maior dinamismo aos estilos de uma página. Uma característica importante da API DOM é que ela independe de linguagem de programação.
Armazenamento do lado do cliente
Salvar estados entre carregamentos de página era algo bem difícil antigamente. Conforme os navegadores passaram a processar mais dados, torna-se possível até mesmo o acesso se o dispositivo do usuário não estiver conectado à internet. Um exemplo disso é o Web Storage API, solução que não usa cookies para armazenar dados.
Esse armazenamento é feito com o sessionStorage e o localStorage. O primeiro mantém os dados dos usuários enquanto a sessão no navegador permanece aberta, mesmo se a página for atualizada. Já o segundo promove a persistência dos dados mesmo depois de o usuário encerrar a sua sessão no browser.
A Web API é fundamental nesse cenário de expansão na quantidade de aplicações web e mobile. Como vimos no texto, ela é o pano de fundo de arquiteturas mais modernas, modulares e fáceis de manter, além de servir para as empresas terceirizarem partes de sua aplicação, como o banco de dados e sistema de pagamento.
Para se aprofundar, confira agora mesmo este guia prático de API Restful!